Pela manhã, toca o meu rosto
Chega próximo aos meus lábios, taciturno...
Esconde-se como em um jogo de amantes
Depois me fita; só eu e ele. O resto
não importa.
De mansinho, ele vem já acariciado o meu rosto, desce mais um pouquinho e agora quer meu colo.
Ele tira arrepios e se esconde novamente, porque gosta de me ver assim, sentindo falta do seu calor.
Calor ascendente e descendente que me provoca movimentos voluptuosos
Mas a intimidade e proximidade faz com que ele venha cada vez mais forte e
assim, não o sinto mais delicado.
Agora
Ele não quer mais se esconder. Quer marcar presença em meu corpo. Realizar o ato e me deixar marcada.
Mais um dia eu brinco com o Sol e deixo apenas o desejo.
Ele enlouquece e põe-se a chorar como uma criança sem o seu brinquedo.
Helena, poetisa lunática (aluna de Letras/7º período(
