Feeds RSS

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

OLHARES REVELADOS-FOTOGRAFIAS-26/09 A 24/10

PALAVRA (EN)CANTADA-Cine SESI Pajuçara


PALAVRA (EN)CANTADA
Cine SESI Pajuçara - 82. 3235-5191 - Centro Cultural SESI
Domingo, terça, quarta, quinta e sexta - 16h45
Sábado - 18h15

A partir da reflexão da relação entre a música popular e a poesia e literatura, o documentário usa depoimentos, performances musicais e trilha sonora a fim de esclarecer e refletir sobre o assunto. O filme apresentará imagens inéditas no Brasil, como a encenação de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto, no Festival de Teatro Universitário de Nancy, na França, em 1966. Merecem destaque também imagens raras, que foram restauradas pela produção do filme, de Dorival Caymmi, nos anos 40, cantando e tocando O Mar ao violão.

Ficha técnica
Direção: Helena Sodeberg
Elenco: Arnaldo Antunes ... O Próprio
Maria Bethânia ... A Própria
Gustavo Black Alien ... O Próprio
Chico Buarque de Hollanda ... O Próprio
Adriana Calcanhoto ... A Própria
Antônio Cícero ... O Próprio
Martinho da Vila ... O Próprio
'Lirinha' José Paes de Lira ... O Próprio
Zélia Duncan ... A Própria
Ferréz ... O Próprio
Lenine ... O Próprio
José Celso Martinez Corrêa ... O Próprio
Jorge Mautner ... O Próprio
B. Negao ... O Próprio
Paulo César Pinheiro ... O Próprio
Luiz Tatit ... O Próprio
José Miguel Wisnik ... O Próprio
Tom Zé ... O Próprio
Classificação etária: Livre
Duração: 86 minutos
Gênero(s): Documentário

Fonte: http://www2.al.sesi.org.br/lazer/cinema/?vCod=-704955300

terça-feira, 22 de setembro de 2009

DIOGO BEZERRA-AOS SONOS QUE DORMEM



Abaixo, poema onírico de um aluno de Letras, chegado nosso, Diogo Bezerra.

Aos sonos que dormem.

Vêem meus amigos que dormem,
Que eu tenho sono de dormir?
Cansado tiro meu sono na minha insônia;
Não durmo porque não vale a pena.

Descanso cada sono na minha cama;
Estarei deitado quando eu estiver acordado.

E enquanto tempo for vontade de insônia
Vou dormir mais cedo do que pensam.

Diogo Bezerra ( aluno de Letras/ 7º período)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

MOSTRA ETNODOC - 22 A 25/09 - UFAL - 17H30‏

Ferreira Gullar-Não coisa


Fereira Gullar-O poeta lembrado do mês

Não-Coisa
subverte a sintaxe
implode a fala, ousa
incutir na linguagem
densidade de coisa

sem permitir, porém,
que perca a transparência
já que a coisa ë fechada
à humana consciência.

O que o poeta faz
mais do que mencioná-la
é torná-la aparência
pura — e iluminá-la.

Toda coisa tem peso:
uma noite em seu centro.
O poema é uma coisa
que não tem nada dentro,

a não ser o ressoar
de uma imprecisa voz
que não quer se apagar
— essa voz somos nós.

MULHER PROLETÁRIA - JORGE DE LIMA


Mulher proletária

Mulher proletária — única fábrica
que o operário tem, (fabrica filhos)
tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.


Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
a tua superprodução,
ao contrário das máquinas burguesas
salvar o teu proprietário

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

CURSO: INTERFACE ENTRE PSICANÁLISE E ARTE


GRUPO DE QUATRO nus (1925) óleo sobre tela de tâmara de Lempicka( Foto: reprodução)

CURSO: INTERFACE ENTRE PSICANÁLISE E ARTE
Galera,

Navegando no orkut, cheguei a um post que anuncia um CURSO: INTERFACE ENTRE PSICANÁLISE E ARTE, uma proposta particularmente, muito interessante , não resisti, após diversas tentativas de escrita para a Mirian, a facilitadora do negócio, entrei em contato com ela, pessoa muito bacana que me informou que se trata de um grupo de estudos que se reúne para discutir sobre esta dita interface.Abaixo, um texto dela falando sobre esta proposta:

“Como a Psicanálise entende a Literatura, Pintura, Música, Escultura, Cinema e todas as demais artes? Percorremos um caminho por entre os textos freudianos bem como buscaremos apoio em outros nomes da Psicanálise como Lacan e os demais autores da contemporaneidade, na tentativa de refletir sobre a contribuição que a Psicanálise pode dar ao mundo das artes.



Facilitadora: Mírian Tenório Maranhão
Psicóloga pela Universidade Federal de Alagoas/ UFAL , mestra em Psicologia Clínica pela Universidade do Vale do Rio Sinos/ UNISINOS - RS, docente da Fundação Educacional do Baixo São Francisco Dr. Raimundo Marinho/ Penedo- AL

Contatos: mirianmaranhao@hotmail.com
(82)9908-8990 “

As informações primárias são: eles se reúnem duas vezes ao mês, cobram um “valor simbólico” de 15 reais, os encontros,a princípio, são em um consultório na Galeria Ponta Verde.
Então, pessoal, ela está à disposição para posteriores esclarecimentos e também precisa saber a disponibilidade de horário para fechar a turma.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

RICARDO ALEIXO-19 de set às 20h30 SESI pajuçara.




RICARDO ALEIXO-19 de set às 20h30 SESI pajuçara



Ricardo Aleixo-“Nem uma linha só minha”-
performance intermídia do artista acontecerá neste sábado, 19, às 20h30, no Centro Cultural Sesi, na Pajuçara.
Como ele mesmo diz será a próxima “presentação” dele, pois ele tentará “presentar , presentificar , tornar presentes” uma faz formas de realização da (auto) poiesis.
Ele nos proporcionará uma apresentação de peças audiovisuais que envolvem o cinema e alguns cineastas.
Pena não poder falar mais sobre a perfomance, estes fragmentos são passagens de alguns sites como o blog do próprio artista, mas digo de passagem que fui a uma apresentação de Ricardo Aleixo e achei muito bacana. Ele tem uma visão “Palavra : imagem : corpo : movimento” que me proporcionou uma experiência diferenciada.B
om , aconselho, indico que assistam, pois critico mais uma vez, são raros os momentos de cultura e apresentações de qualidade aqui em Maceió e este é um bom programa pelo menos por mim considerado .
E é 0800...

Mas os ingressos são limitados!

Abraços e até lá!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

VITOR PIRRALHO & UNIDADE-12/09-21H

+ WADO+CHAMALUZ+CRISBRAUN

REABERTURA DO CENTRO CULTURAL SESI

Galera,

A reabertura do Centro Cultural Sesi será dia 11/09(sexta-feira). Estarão à disposição o teatro, o cinema e a galeria de arte com a promessa de 19 atrações durante o 24 Horas Cultura. Já era sem tempo, Maceió gritava por isso! A gente se esbarra por lá!

Confira a programação:

22h30 Exposição Metamorfose, de Rosivaldo Reis - Galeria SESI
23h00 Show com banda Grupo: $ifrão
00h00 Espetáculo teatral As Muitas Últimas Coisas
01h00 Filme Chê
03h30 Espetáculo teatral Tabariz
04h30 Show com a banda Chama Luz
05h30 Espetáculo teatral Presepada
06h30 Filme Apenas uma Vez
08h Show com DJ Rodrigo
09h30 Espetáculo O Rapto do Cebolinha
10h30 Filme Romeu, Vira-lata Atrapalhado
12h show com Banda de Pífano Flor do Nordeste
14h Piano ao vivo com Emanuel Diogo Mota
15h Filme: Longe Dela
17h Chá com apresentação musical (Restaurante Sueca)
18h Espetáculo Dançando a Diversidade
19h Filme A Festa da Menina Morta
20h15 Espetáculo Baldroca
21h15 Show com Los Borrachos Enamorados”

MARCELINO FREIRE

*****Como o blog está aberto a sugestões e indicações, temos aqui uma das pérólas de uma amiga-bloqueira, Márcia: Marcelino Freire, um escritor pernambucano que recebeu, em 2006, o Prêmio Jabuti por "Contos negreiros" (Record).Ele tem seus textos publicados nos jornais de mais renome não só no país, como também em Portugal e no México.


*****Pesquisando sobre ele... achei um site com uns projetos gráficos muito bacana [http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/marcelino_freire.html]

“Marcelino colhe ditados populares, lugares-comuns e extrai deles, ou melhor, destaca letras dos textos para completar, contradizer, ironizar, irreverentemente, com humor e malícia, o sentido original...” Abaixo, dêem uma olhada no projeto gráfico de Silvana Zandomeni evidencia a forma, induzindo a releitura. Extraídos do livro “ era O dito” do próprio Marcelino...

*****Vejamos:

Acompanhante
Marcelino Freire

Sujar ele se suja. Mas não se preocupe. Há um cinturão de fraldas. Um nó gordo que segura. Para não escorrer na poltrona. Melecar a parede da sala. Um dia até no teto ele deixou uma manchinha pendurada. Feito uma criança que voa. Cuidado para ele não comer bosta à toa. Coitado! O que é a idade? Ave! Você precisava ver como ele era. Eis a fotografia. Quem diria? Era? Ou? Não? Era? Outra? Pessoa? Minha? Filha?
Sopa de ervilhas ele adora. É preciso saber cozinhar. Tudo o que ele for engolir aconselho triturar. Mole. Mole. Coisa dura nem pensar. Nada de dentadura. Digo assim. Na hora de almoçar. Papar. Periga ele se engasgar como numa certa vez. Os dentes foram sugados. E a outra menina teve de puxar. Lá de dentro. Ele já quase morrendo. Roxo. Eis aqui. O copo é este. Desde muito tempo. Ele só bebe neste copinho. Que bonitinho! Da! Cor! Que! Ele! Gosta! Minha. Filha. Cinzento!
O banheiro é este. A banheira é esta. Você vai ter de acompanhar. Pode lavar a cara e as costas. Esfregar. Esfregar. Esfregar. Nem pense em economizar. Vá fundo. Só não deixe o esqueleto pular muito. O sabonete naufragar. Cair. O xampu entrar nos olhos. Porque ele começa a gritar. A espernear. A mijar feito um afogado. Quem ouve pensa. Estão matando o que já está morto. Salvem o coitado! Aquele alvoroço. Como se a gente tivesse coragem de esganá-lo. Que pecado! Minha. Filha. O? Que? Passa? Pelo? Coração? Deste? Povo?
Ah! Para dormir não dá trabalho. É só contar uma história. Ajudar o diabo a rezar. Se quiser pode até cantar uma cantiga de ninar. Antiga. Que ele aprova. Vou ser sincera. O problema é quando ele acorda. Por causa de um pesadelo. Uma saudade. Algum desejo que ficou. Sei lá. Adormecido. Ele perde o juízo. Baba. Espuma. Vai querer você bem perto. Pertinho. Ele tira a roupa. Feito um debilóide. O pobrezinho. Mas veja. Não é nada muito sério. Ele só se sente sozinho. Deite-se com ele. Minha. Filha. Não há perigo. O. Velho. Só. Precisa. De. Um. Pouco. De. Carinho



Versos íntimos


Versos Íntimos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Augusto dos Anjos