Balança, profana
Em dias de cova rasa.
Lá vem ela me mata.
Um bálsamo de Luanda
Numa terra nefasta.
Como ela pôde desobedecer?
Aos caprichos vis,
Ao europeu prazer.
Sua desobediência é recompensada,
A musa morta sorri.
O ferro frio a ultrapassa.
Seu lugar se revela: é aqui,
A ver os calçados sórdidos de quem passa.
Luis Hortencio ( aluno de Letras/6º período)

2 comentários:
Está aí a representação do pós-moderno, aljavado pelas correntes capitalistas, onde quem desobedece seus preceitos, tendem a ser mortificados. Parabéns
Muito agradecido pelo reconhecimento.A título de informação, quem desenhou a ilustração anexa ao poema foi Marcílio Fernandes, desenhista maceioense e meu parceiro na empreitada dos quadrinhos.
Luis Hortencio
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