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sábado, 23 de maio de 2009

A mulata

Lá vem ela Mulata
Balança, profana
Em dias de cova rasa.

Lá vem ela me mata.
Um bálsamo de Luanda
Numa terra nefasta.

Como ela pôde desobedecer?
Aos caprichos vis,
Ao europeu prazer.

Sua desobediência é recompensada,
A musa morta sorri.
O ferro frio a ultrapassa.
Seu lugar se revela: é aqui,
A ver os calçados sórdidos de quem passa.

Luis Hortencio ( aluno de Letras/6º período)


2 comentários:

jal disse...

Está aí a representação do pós-moderno, aljavado pelas correntes capitalistas, onde quem desobedece seus preceitos, tendem a ser mortificados. Parabéns

Quotidiano disse...

Muito agradecido pelo reconhecimento.A título de informação, quem desenhou a ilustração anexa ao poema foi Marcílio Fernandes, desenhista maceioense e meu parceiro na empreitada dos quadrinhos.

Luis Hortencio

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